Como sair do vermelho ainda este ano

Como sair do vermelho ainda este ano

Por Victor Loyola, sócio da Neon ConsigaMais, unidade de negócio responsável por crédito ao consumidor na Neon

Passamos da metade do ano. Muita coisa aconteceu desde o planejamento das metas para 2022. Mas como está a execução delas? Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que a inadimplência atingiu 28,7% das famílias brasileiras em maio – maior percentual em 12 anos. 22,2% dos endividados utilizou mais da metade de renda para quitar dívidas com bancos e instituições financeiras. Isso é muito.

Mas para quem pensa que já não há mais jeito, aviso: há. É possível sair do vermelho antes do ano acabar. Só é preciso se organizar. Lembra da lista de objetivos a serem alcançados criada na virada do ano? É hora de ver o que foi feito, o que ainda falta fazer e como encaixar isso nas contas.

O primeiro passo é fazer uma planilha de gastos. Na internet é bem fácil encontrar alguns modelos prontos. Na sequência, é preciso preenchê-la com as despesas mensais. Para quem prefere controlar as finanças pelo celular, é possível baixar aplicativos que oferecem a possibilidade de incluir entradas e saídas de dinheiro, visualizar gráficos, além de receber relatórios. É importantíssimo entender o próprio fluxo de caixa e essas soluções ajudam nisso. O monitoramento constante dos gastos realizados e metas financeiras evita surpresas desagradáveis.

Mas falar em não se endividar com o valor do salário mínimo, os custos do dia a dia e os impostos é quase que utópico. São tantos boletos e gastos imprevistos que riscar os itens da lista de metas parece um sonho cada vez mais distante. Por isso, se ao realizar o controle mensal você perceber que precisará de ajuda para conseguir fechar o mês (ou o ano) “no azul”, pense em uma solução mais eficaz para você. As taxas de cartão de crédito e cheque especial são exorbitantes, é preciso fugir.

Uma alternativa é o crédito consignado privado, que tem juros mais baixos e que, por ser oferecido em uma parceria com o departamento de Recursos Humanos das empresas conveniadas, é entregue com programas de educação financeira, que auxiliam na hora de quitar o empréstimo. O desconto é direto na folha de pagamento, o que evita a inadimplência.

Ficar com o nome “sujo” é uma das principais preocupações que tira o sono dos brasileiros. Compromete o desempenho no trabalho, afeta as relações do dia a dia. De acordo com o estudo “The Employer’s Guide to Financial Wellbeing 2018-19”, feito no Reino Unido, funcionários com preocupações com dinheiro produzem, em média, 15% menos que os colegas. Evitar isso é possível. Ainda faltam alguns meses para o ano acabar. Dá tempo de se reorganizar.

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