Do próprio veneno
Em reencontro com o Barcelona, Pep Guardiola sofre com show de Messi nos 15 minutos finais e Bayern é goleado na Liga dos Campeões
O técnico Pep Guardiola se notabilizou como um treinador revolucionário, quando assumiu o Barcelona e montou um time, com base nos meias Xavi e Iniesta e no atacante Messi, de muita posse de bola e qualidade técnica. Depois de sair da Catalunha e assumir o Bayern de Munique, o espanhol encarou ontem o seu ex-clube pela primeira vez, e, pode ter certeza, não vai esquecer desse duelo tão cedo.
Jogando no abarrotado Camp Nou, o Bayern até conseguiu equilibrar o jogo em quase sua totalidade, apesar da superioridade catalã, mas a geniosidade de Messi deixou Guardiola, seu antigo mestre, de cabeça inchada. Se até os 32 minutos do segundo o duelo estava em branco, o argentino tratou de mudar completamente o cenário. Com dois bonitos gols e uma assistência para Neymar, o baixinho arrebentou com a partida, e alavancou o Barcelona para uma impiedosa vitória por 3 a 0, deixando o time espanhol com larga vantagem para o jogo da volta das Semifinais da Liga dos Campeões da Europa, na próxima terça-feira (12) em Munique.
O primeiro tempo não teve rede balançando, mas cheirou a chuva de gols. A chance mais clara foi logo aos 12 minutos, quando Luis Suárez arrancou completamente livre pela direita, invadiu a área e tocou cruzado. Neuer, porém, esticou o pé esquerdo e fez um verdadeiro milagre, salvando os bávaros.
Três minutos depois, outro lance inacreditável: nova jogada de Suárez pela direita, cruzamento rasteiro e Neymar chega de carrinho para concluir. A bola morreria dentro do gol, mas o joelho do lateral Rafinha a mandou pela linha de fundo, para incredulidade do ex-santista.
Assustado com o domínio do adversário, o técnico Josep Guardila arrumou a cozinha de seu time e equilbrou as ações na sequência. Aos 18, Thomas Muller mandou para a área e Lewandowski chegou um segundo atrasado, na melhor chance alemã na etapa inicial.
Se não fosse Neuer, porém, o Bayern teria saído com prejuízo antes do intervalo. Aos 38, Daniel Alves recebeu grande lançamento de Iniesta e, mesmo caindo, conseguiu tocar cruzado. Novamente com os pés, o arqueiro da seleção alemã fez mais uma grande defesa.
No segundo tempo o jogo ficou mais morno, com cara de empate em branco, mas Messi mudou o panorama aos 32 minutos de jogo. Ele aproveitou roubada de bola de Daniel Alves, recebeu do brasileiro na entrada da área e fuzilou no canto esquerdo do arqueiro rival, que, dessa vez, nada pôde fazer.
Três minutos depois, a jogada da partida: Messi recebeu na direita e deu um corte espetacular em Boateng, que caiu como uma estátua no chão. Na cara de Neuer, La Pulga deu um toque por cobertura de perna direita e fez um gol histórico, para delírio da torcida.
Nos acréscimos, Messi lançou Neymar em velocidade. Cara a cara com Neuer, o brasileiro tocous rasteiro para selar o placar.
(DM)