Ducati Hypermotard começa a ser produzida no Brasil
Achar uma moto no estilo supermotard no mercado brasileiro é algo que requer conhecimento, pois temos algumas, mas não temos as vantagens que buscamos. Claro, sempre existe a Yamaha MT-09 e a MV Auguta Rivale (com uma grande variação de preço nelas). Mas o grande triunfo hoje, que compete diretamente com esses dois modelos, mas ainda sim toma liderança, é a Ducati Hypermotoard. Seu motor Testastretta 11º, refrigeração líquida, bicilíndrico em “L” com 821 cm³ fazem com que essa fera entregue 110 cavalos de pura potência e só alegria pro piloto. Ela ainda consegue se superar com um painel eletrônico completo que entrega desde o acelerador eletrônico (RbW) com 3 perfis de pilotagem até controle de tração e freios ABS. Sem dúvidas uma moto de grande porte e que não é pra qualquer um.
E o que já é bom acabou ficando ainda melhor, pois sua produção começou a ser feita a partir de Manaus e seu preço desceu de R$ 52 mil para R$ 45 mil. É um preço salgado, mas você paga pelo o que leva, que é uma moto de pura potência para profissionais on ou off-road.
A Ducati Hypermotard faz jus a sua reputação, pois ela não vai aceitar qualquer piloto em cima dela sem saber aproveitar sua capacidade. Seu controle de tração e o ABS até ajudam para quem não tem aquela experiência, mas leve em consideração que seu torque em modo “Sport” é de 9,1 kgf.m a 7.750 rpm. Se vacilar já nas primeiras marchas você pode sofrer as consequências. Ela é como aquele cavalo que leva tempo para ser domado, mas quando você finalmente consegue, é aquela mistura de sentimento, orgulho, felicidade e o prazer. Ah, o prazer!
Em longas estradas você tem a chance de trocar seu modo para “Touring” e pegar no acelerador sem medo. A resposta é imediata e os 110 cv vão te fazer alcançar 200 km/h com total tranquilidade e estabilidade. Mas vale ressaltar que não há proteção aerodinâmica para suportar velocidades altas.
Outro fator que deixa claro que ela não é uma moto para pouco é seu design, que já te leva a pensar “essa dá trabalho” ou “aqui tem jogo” e comparado a seu antigo modelo, podemos ver grandes mudanças, optando pelo lado mais agressivo. Outra grande mudança foi seu escapamento, que de 2 canos passou a ser apenas 1, com uma forma triangular e com uma melhoria que já era aguardada, seu banco traseiro não esquenta mais como sua antiga versão.
Nova Ducati Hypermotard
Em nossa opinião, uma das mudanças simples, porém tão boa quanto as outras grandes alterações foi seu espelho retrovisor que mudou de lugar que deixa você ter uma boa visão traseira enquanto consegue passar tranquilamente entre os corredores de carros nas ruas.
Sua suspensão tem um garfo invertido de 43 mm e já fazem sincronia com 170 mm na roda dianteira e fornecem total desempenho na estrada pois absorvem muito bem o impacto e não comprometem o estilo de pilotagem.
Para demonstrar mais ainda que ela é uma moto poderosa e que não poupa elogios, vamos falar um pouco de sua embreagem que possui um sistema com mecanismo de discos banhados em óleo, não comprometendo as molas e deixando o manete da embreagem bem mais leve, que já ajuda nas reduções de marchas bruscas que ocorrem. Seu monoamortecedor é ajustável na pré-carga e garante mais rigidez para os que gostam deste jeito.
E finalizando todos esses elogios e analise, não podemos deixar de comentar nos dois discos semiflutuantes de 320 mm e com pinças Brembo com 4 pistões na dianteira e um disco simples de 245 mm e pinça de 2 pistões na traseira. É isso que basta pra frear esse monstro na perícia já que sua bomba de freio radial pede cuidado, pois você pode ir de bem a pior em um piscar de olhos.
A Ducati realmente está se provando como uma empresa que vem fazendo melhorias em suas motos e mantendo um preço competitivo com suas rivais. É um custo/benefício que vale a pena para aqueles que já tem experiência com velocidade e motos de grande porte.
Confira a ficha técnica da Ducati Hypermotard
Motor: Dois cilindros em “L” (V a 90º), 803 cm³, duas válvulas por cilindro, comando desmodrômico e refrigeração a ar.
Potência máxima: 81 cv a 8.000 rpm.
Torque máximo: 7,7 kgfm a 6.250 rpm.
Câmbio: Seis marchas e transmissão final por corrente.
Alimentação: Injeção eletrônica; partida elétrica.
Quadro: Treliça de aço.
Suspensão: Dianteira por garfo telescópico invertido de 43 mm de diâmetro, com 165 mm de curso; monobraço traseiro de alumínio com amortecedor Sachs regulável na précarga e retorno com 141 mm de curso.
Freio: Dianteiro com disco duplo de 305 mm de diâmetro e pinça de quatro pistões fixada radialmente; traseiro por disco simples de 245 mm de diâmetro com pinça de dois pistões.
Pneus: 120/70-ZR17 (dianteiro)/ 180/55-ZR17 (traseiro).
Dimensões: 2.120 mm (comprimento); 1.155 mm (altura); 1.455 mm (entre-eixos); 825 mm (altura do assento).
Peso: 167 kg a seco.
Tanque: 12,4 litros.
(motorede)