Grupos testam força nas ruas contra Dilma

Grupos testam força nas ruas contra Dilma

Palácio do Planalto conta com um esfriamento da mobilização em todo o País. Grupos esperam repetir ou superar números de 15 de março

Quase um mês depois dos protestos que arrastaram multidões nas principais cidades do País contra o governo Dilma Rousseff, os movimentos que pedem o impeachment da presidente voltarão às ruas hoje para testar seu poder de mobilização.
As manifestações de 15 de março reuniram cerca de 210 mil pessoas na avenida Paulista, segundo o Datafolha, e foram as maiores realizadas na capital desde os comícios pelas Diretas Já, em 1984. Mas até entre os organizadores dos protestos há dúvidas sobre sua capacidade de repetir o desempenho de março.
Monitoramento feito pela Polícia Militar de São Paulo nas redes sociais apontou crescimento da mobilização em cidades do interior, mas pouca diferença na capital.
O Palácio do Planalto conta com um esfriamento da mobilização em todo o País. Segundo auxiliares da presidente, ela não irá se pronunciar oficialmente sobre os protestos nem escalará ministros para falar como em março.
“A avenida Paulista é uma incógnita, porque agora estamos com mais movimentos em cidades do interior e da região metropolitana”, afirma Rogério Chequer, um dos líderes do movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores das manifestações.
Para os outros dois grupos na linha de frente dos protestos, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Revoltados Online, será possível repetir ou superar o número de manifestantes na capital paulista.

Mais robusta
Os três grupos convocaram manifestações em mais de 400 cidades do País, o dobro do chamado em 15 de março.
Eles marcharão pela primeira vez com a mesma bandeira, “Fora Dilma”. Avesso à tese do impeachment nos protestos de março, o Vem pra Rua mudou de posição.
“O Vem pra Rua cada hora está com uma pauta”, diz Renan Santos, um dos líderes do MBL. “No último protesto, todos vieram com a defesa do impeachment e eles ajudaram a confundir a pauta.”
O Vem pra Rua também critica o comportamento do MBL. “Estamos buscando diálogo para coordenação [dos protestos] com o MBL há semanas, mas não houve resposta. Temos divergências, mas temos muitas causas em comum”, reclama Chequer.
Eles fazem questão de se apresentar como apartidários e não gostam de ser equiparados a movimentos que defendem uma intervenção militar, como o SOS Forças Armadas.
Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) divulgou em suas redes sociais um vídeo em que convoca a população para os protestos. No filme, o tucano chama o governo de “medíocre” e diz que as pessoas que estão “com esse nó na garganta” precisam ir às ruas para se manifestarem.

Intervenção
O MBL pediu à Justiça para que os movimentos favoráveis à intervenção militar fiquem a 500 metros de distância de seu carro de som. (Fp)

Foto: Diego Nigro/JC Imagem/Folhapress

Fonte: ohoje

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