Uma liderança na área de TI preparada também faz parte da estratégia de uma empresa

Uma liderança na área de TI preparada também faz parte da estratégia de uma empresa

Você já parou para refletir que estamos a menos de 60 dias do encerramento deste ano? Hoje não vou propor uma avaliação de como foi o ano – o ponto central da nossa conversa é conhecimento e novas formas de gerenciar equipes.

Mas Cris, por que falar disso? A principal razão é que gostaria de trazer alguns temas bem relevantes que acompanhei durante a 17ª edição da QCon San Francisco 2023 – um local que traz muita inspiração e destaca o papel de tantos profissionais de softwares que estão com um olhar e trabalho totalmente dedicado às tecnologias futuras.

Logo de início, eu tenho que destacar um fato que me deixou feliz e surpreso de encontrar tantos profissionais brasileiros, que assim como eu, estavam ávidos para absorver conhecimento e repensar em como acelerar ainda mais os processos de inovação e gestão dentro de suas searas – mais do que nunca, a arquitetura assume um protagonismo e influência em praticamente todo o ecossistema que usamos diariamente dentro de TI.

Ao contrário do que se imagina, um evento desta proporção, dedicado aos profissionais de programação, segue uma filosofia e valores bem próximos ao que eu acredito: a linha “We Care”, reconhecida por proporcionar um ambiente de acolhimento, um espaço para avaliar os erros e fortalecer os aprendizados, que permite empoderar a autonomia individual para que a equipe se desenvolva organicamente, se desafie a criar soluções e, claro, elevar a sua motivação – aliás, as competências de liderança estiveram muito presentes durante este fórum.

E a partir deste contexto, quero dividir algumas premissas que acredito que serão primordiais para empoderar ainda mais os times de TI. Recentemente, o Google Cloud e o IDC Brasil apresentaram os resultados de um estudo que ouviu 120 lideranças de TI no país em empresas de grande porte para analisar o papel desses profissionais e sua importância nas estratégias das empresas. O levantamento mostrou que, com o papel das lideranças de TI ganhando cada vez mais importância nas áreas de negócios, 82% desses profissionais se sentem pressionados a implementar ou utilizar novas tecnologias na empresa, e 62% participam ativamente das tomadas de decisões estratégicas de outras áreas.

Fica cada vez mais claro que a área de TI passou a ter a função de não apenas acompanhar as decisões futuras, mas atuar e se antecipar em trazer soluções para as necessidades e fragilidades dos clientes.

E sem dúvida, acelerar processos é um dos caminhos – durante a QCon, fui inspirado a refletir sobre como diversificar a formação de modelos de equipes, conectando isso com as ideias de Topologias de Times e Engenharia de Plataforma.

Uma abordagem que já trago nesta discussão são topologias de times que dentro de uma composição conjunta podem se complementar e equilibrar todo o ecossistema:

A Topologia de times nos apresenta quatro composições principais de equipes nas empresas: Times orientados a fluxo, Habilitadores, Times de plataforma, e Times de subsistemas complexos.

Esta classificação ajuda a criar uma arquitetura de equipe mais ágil e responsiva, adaptada para atender às demandas em constante mudança no campo da tecnologia. Integrando isso com a Engenharia de Plataforma, podemos aprofundar a forma como cada tipo de equipe suporta e é suportado por plataformas robustas e eficientes.

Os Times orientados a fluxo se beneficiam diretamente de plataformas bem projetadas, que simplificam e aceleram seus processos de trabalho, permitindo-lhes concentrar-se em entregar valor de maneira eficiente.

Por outro lado, os Times de Habilitadores têm um papel essencial em otimizar a Engenharia de Plataforma, removendo barreiras e promovendo a adoção de práticas e tecnologias inovadoras.

Os Times de plataforma são vitais nesta equação, fornecendo o alicerce de serviços e ferramentas que sustentam toda a organização. Eles criam o ambiente onde os times orientados a fluxo podem prosperar, ao mesmo tempo em que apoiam as iniciativas dos times de habilitadores. Finalmente, os Times de subsistemas complexos, com seu alto nível de especialização técnica, são cruciais para resolver desafios específicos que as plataformas devem acomodar ou se adaptar.

Ao mapear as competências e perfis comportamentais de cada membro do seu time, é possível identificar como melhor alinhar cada um dentro desta arquitetura de equipe, focando não apenas em suas habilidades individuais, mas também em como elas podem contribuir para e se beneficiar da Engenharia de Plataforma. Este alinhamento é crucial para criar uma estrutura que não só se adapte às topologias de equipe, mas também maximize a eficiência e eficácia das plataformas de tecnologia da sua organização.

Agora é com vocês!

*Cristiano Andrade é gerente de Desenvolvimento na DM

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