Veja 5 dicas para começar a pilotar scooter

Veja 5 dicas para começar a pilotar scooter

Os scooters estão entre os mais desejados veículos de duas rodas a motor da atualidade. A prova disso é o excelente desempenho de vendas do segmento no Brasil no ano passado, no qual a indústria da moto no Brasil amargou vendas 10% abaixo dos números alcançados em 2013. Na contramão, a venda de scooters cresceu mais de 30% no mesmo período.
Vê-los como grande solução para uso urbano não é uma sacada dos brasileiros. Especialmente na Europa, os grandes centros são território dominado por estes simpáticos veículos, caracterizados por ter, em geral, rodas menores que motos e o sempre bem-vindo escudo frontal. Estar com pés e pernas protegidos de eventuais choques e da sujeira, da água de poças e aquela levantada pelas rodas dos carros após qualquer chuvinha é uma dádiva para quem usa veículos de duas rodas. Aliás, com um scooter dotado de um bom para-brisa, encarar o mau tempo é fichinha!

Fora tudo isso, muitos deles gastam pouca gasolina, têm manutenção barata e oferecem amplos vãos para abrigar o que você bem entender sob o banco, dando um verdadeiro show de praticidade.

Então, tudo são flores nos scooters? Quase: apesar do forte progresso de pneus e suspensões, scooters têm uma dirigibilidade peculiar, e nem sempre quem está acostumado a pilotar motocicletas “se acha” ao guidão de um deles. Por outro lado, por serem em geral pequenos, com aparência nada agressiva, atraem um público que jamais cogitaria ter uma motocicleta e cuja experiência ao guidão foi apenas a necessária para tirar a carteira nacional de habilitação.

Por isso, veja 5 dicas preciosas para que novatos nos scooters comecem sua vida sobre duas (pequenas) rodas com o pé direito:

pcx-201 – OLHO NO PISO
Tanto o campeão de vendas do mercado nacional, o Honda PCX 150 (foto), quanto o 2º colocado, o Suzuki Burgman 125i, têm rodas de pequeno diâmetro, 14 e 10 polegadas, respectivamente. O que significa isso? Que a capacidade de encarar irregularidades da pavimentação não é lá uma maravilha.

Mesmo a 40 ou 60 km/h, um buraco ou uma lombada feita de mau jeito pode ter um efeito bem pior para a estabilidade de um scooter do que teria para uma motocicleta. O que fazer? Ter atenção redobrada com as condições da pavimentação e lembrar sempre que quanto maior a velocidade, menor será a chance de retomar o controle em caso de um contato imediato do primeiro grau com uma inesperada irregularidade no solo.

2 – TREINE FRENAGEM
Se você tem certa experiência com motocicletas sabe (sabe?) que a maneira correta de frear é dosar de 70 a 80% da força de frenagem no freio dianteiro, deixando ao traseiro um mero papel de coadjuvante. Isso muda no scooter? Ligeiramente.

O freio que manda na frenagem, responsável pelo maior trabalho na redução de velocidade sempre será o dianteiro, porém nos scooters o freio traseiro ganha um papel um tiquinho mais relevante. A razão está na própria “anatomia” desse tipo de veículos: em motocicletas o peso em geral é distribuído de modo equivalente entre a roda dianteira e a traseira. Nos scooters, a massa maior está sobre a roda traseira, e isso altera o modo como se deve frear.

A melhor técnica é sempre dar ao freio dianteiro a maior força, mas em scooters o traseiro merece algo mais, de 35 a 40% da potência frenante. Essa receita resultará em frenagens mais estáveis e efetivas.

dafra-citycom-300i-fh-cbs_mMas como estabelecer esses percentuais sugeridos? Há algum medidor para isso? A resposta está na prática. Esta sensibilidade se desenvolve treinando. Em baixa velocidade, em rua sem movimento, freie a uma mesma (e baixa) velocidade primeiro apenas com o freio dianteiro, depois só com o traseiro. Uma vez percebida a diferença entre a atuação de ambos, acione os dois comandos ao mesmo tempo, de maneira a conseguir o melhor resultado.

Atenção: scooters como o Honda Lead, o PCX 150 e os Dafra Citycom 300i (foto) mais recentes são dotados de sistemas de frenagem combinada, no qual um dos comandos atua nas duas rodas de maneira diferenciada. Isso ajuda a obter melhores frenagens, mas não elimina a necessidade de usar sempre os dois comandos quando há necessidade de reduzir a velocidade rapidamente.

3 – MANOBRAR É PRECISO
Rodas pequenas, curtinhos, leves… Em geral, os scooters são assim e, por isso, combinam tão bem com os espaços apertados das grandes cidades. No entanto, um primeiro contato com scooters exige, como quase tudo na vida, estudos sobre a peculiar dinâmica do bichinho.

Por ter rodinhas e não rodonas, o equilíbrio dos scooters em movimento não é tão grande como em motocicletas, e isso ocorre pelo pequeno efeito giroscópico das rodinhas, que se traduz em equilíbrio menor em baixas velocidades.

Pilotar um scooter muito devagar, situação comum nos congestionamentos, pode ser uma experiência “trêmula”, só em parte compensada pelo baixo centro de gravidade desses veículos comparado ao das motos. O que fazer? Outra vez a palavra mágica é TREINAR! Vá para aquela rua calminha de novo e agora ensaie curvinhas, zigue-zagues, oitos e todo o repertório de manobrinhas a quase nada por hora. Isso vai ter dar a “mão boa” para levar corretamente um scooter.

4 – ATENÇÃO AO PESO
Levar um passageiro é coisa apenas recomendável para quem já estiver se sentindo 100% seguro num scooter. Se for este seu caso, ótimo. Porém, lembre-se que como dito no item nº 2: a massa de um scooter incide bem mais na roda traseira do que em uma moto. E onde vai se sentar seu passageiro? Exatamente ali, na traseira… Deste modo, atenção com a roda dianteira, pois ela vai ficar quase sem carga, levitando, e o perigo de uma derrapagem de dianteira ao fazer qualquer curvinha cresce exponencialmente quando são dois estão a bordo de um scooter pequeno.

Isso não tem solução, mas algo que ajuda é estar ciente de que a pilotagem nessa condição tem de ser muito cuidadosa e levar em conta que o pneu dianteiro perdeu boa parte de sua capacidade de atender às suas solicitações, tanto em relação à mudança de direção quanto de frenagem.

5 – CUIDE DOS PNEUS
Ponto de contato de seu scooter com o solo, os pneus de um scooter precisam (e merecem) um tratamento igual ou até melhor ao que você dá a seu animal de estimação. Por serem pequenos e geralmente fininhos, eles sofrem bastante para cumprir suas funções, ainda mais em um país como o nosso, onde a qualidade e manutenção da pavimentação não é prioridade.

Assim, olho no lance! Pneu em fim de carreira é sempre um risco em qualquer veículo, ainda mais em um scooter. Cuide dele bem, antecipando trocas, calibrando-o com frequência e observando o surgimento de deformações ou berebas que indicam “doenças”, cortes, bolhas etc. Trate-os bem, que eles sempre abanarão o rabo para você e jamais irão te trair quando você mais precisar deles…

Fotos: Divulgação

Fonte: G1

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